Hoje em conversa com um amigo que é especialista em transformação digital, de uma empresa global, falamos do grande desafio da Industria 4.0, que não está na tecnologia, mas sim na mudança cultural das organizações de manufatura. Fazendo uma análise comparativa, temos comportamentos diferentes entre países asiáticos, europeus e o Brasil.
Concluímos que o grande desafio é a superação da curva de confiança organizacional na transformação digital que se apresenta, com a necessidade das manufaturas se tornarem flexíveis e adaptativas, de forma eficiente, em relação as mudanças de seu ambiente externo, cada vez mais frequente. Essa conquista é mais fácil quando se obtém ganhos tangíveis de sua aplicação.
Neste sentindo, a valorização do conhecimento organizacional de forma classificada e estruturada para ser aplicada de forma sistêmica por uma IA, no que comumente se denomina de iDMSS (intelligent Decision Maker Support System), tem uma participação fundamental.
Todavia, isso exige uma competência, que particularmente acredito ser estrutural na organização, para a aplicação de tais tecnologias de forma simples e prática, para com seus usuários. Eliminando uma necessidade de competência em TI mais especializada, por parte desses usuários.
Tendo sido constatado que tal competência é um dos principais desafios para a implantação de tal projeto de transformação digital e de sua utilização efetiva.
Tenho como máxima para o desenvolvimento de produtos e sistemas, o fato de que: “O projeto de um produto ou sistema deve ser simples de ser usado, o que o torna mais propício ao sucesso de sua adoção e aplicação prática, não importando o quanto complexo tecnologicamente tenha sido preciso para torná-lo simples”.
Salientar que a simplicidade de uso de um produto, em geral, o torna mais resiliente e robusto na sua utilização.
Essa aplicação simples da IA na indústria, no que se refere aos seus usuários, deve ser realizada com as tecnologias que aproximem sua relação interativa de “eu com tu e vice-versa”, num diálogo de confiança construído a partir dos resultados tangíveis obtidos nessa interação.
O que resulta na sistematização da gestão do conhecimento organizacional de forma autônoma e descentralizada.
Ressaltando, que apenas o indivíduo é senciente nessa interação.
Prof. Dr Sc Manuel Cardoso